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Novo normal

O "novo normal" que liberta

Salve, Pessoa!

 Por motivos óbvios, 2020 vai ficar marcado por ser o ano que me proporcionou mais aprendizado em relação ao outro, e na questão do autoconhecimento. O meu objetivo nesse texto é falar das escolhas, dessas que fazemos diariamente e que determinam a nossa rota. Esse período de isolamento me fez pensar em muitos assuntos, e tivemos tempo pra isso, aliás, sempre tenho muitas questões sobre o tempo mas, isso é assunto que gostaria de falar em outra hora.

 Se você não obteve nenhum aprendizado agora, durante esse período de isolamento, não terá nunca. Uma das lições mais importantes que levo comigo, é a necessidade de saber dizer “não” no momento certo, para as coisas certas e principalmente, para as pessoas certas. Não vou ficar de rodeios, vou direto ao tema que me motivou escrever esse texto. Quero falar de mudanças, escolhas e decisões e os “nãos” são importantes nessas horas, além de exercitar o desapego. Quando criei esse site, em 2011, tinha uma ideia bem definida, queria trabalhar de forma coletiva. Imaginei um espaço colaborativo onde teríamos olhares múltiplos e que abrigasse atores de diversas vertentes. Nesse tempo também falei sobre alguns temas que hoje não me interessam tanto, enfim. Buscar novos ares é sempre estimulante.

 Nesse período revisitei alguns projetos que ficaram engavetados por motivos que não sei bem explicar, mas na época certamente fez algum sentido. Percebi que estava fazendo muitas coisas que não tinham muito a ver com o que sou hoje e não estavam me realizando verdadeiramente, e passei a me perguntar, porquê isso? Às vezes custamos a entender que não somos obrigados a fazer o que não queremos, a vontade de virar a página bateu forte e sempre devemos assumir as responsabilidades sobre as direções que tomamos. Essa coisa de “deixa a vida me levar” é uma desinteligência, na minha opinião.

 Quero retomar o projeto desse site, um pouco negligenciado reconheço, mas curtir essa reformulação está sendo bom, estimulante e desafiador. Encaro esse texto como um recomeço e nele já experimento algumas pequenas mudanças. Pretendo que sejam perceptíveis aos olhos de quem já conhecia e que agradem a quem chegou até aqui, se isso acontecer vou ficar feliz (também), mas sobretudo, que essas mudanças façam bem a mim mesmo. E já está fazendo, vamos combinar, esse é o meu presente pelo dia da criança que ainda existe em mim, e em você.

 Uma das transformações benéficas que essa pandemia me trouxe é a percepção do desejo de realização, e que fazer, mesmo que não seja tão bem feito, é melhor que não fazer, faz sentido pra você? Pra mim, faz.

 Em breve.